O QUE É O CIDiCi Bio
* É uma instituição filantrópica, sem objetivo de lucro;
* É um espaço físico, extra - escolar, para Professores de Biologia, a nível de Ensino Médio, reunirem-se, trocarem idéias, debaterem e discutirem o planejamento, a contextualização e a inter-disciplinaridade de suas aulas e conteúdos curriculares e os seus alunos pesquisarem e desenvolverem trabalhos escolares solicitados pelos seus professores e orientados pelo CIDiCi-Bio;
OBJETIVOS GERAIS DO CIDiCi Bio
*Incentivar os Professores de Biologia e ciências correlatas a desenvolverem com seus alunos trabalhos escolares de relevância para a comunidade, bimestrais e valendo nota;
*Orientar trabalhos escolares bimestrais, valendo nota, para alunos que estejam em recuperação ou em dependência na disciplina Biologia;
*Articular-se com entidades e repartições da área para o desenvolvimento de projetos educacionais na área da Saúde Pública;
*Incentivar a transversalização do Método Científico e da Teoria da Evolução com todos os conteúdos da disciplina Biologia;
*Incentivar e orientar a execução de aulas experimentais , práticas de dissecação e outros trabalhos escolares práticos;
*Incentivar e orientar a execução de Feiras de Ciências, bem como orientar grupos de alunos na elaboração de seus projetos;
*Incentivar a leitura e a aquisição de livros didáticos, de divulgação científica e clássicos da literatura biológica;
*Fornecer, in loquo, material bibliográfico e acesso a Internet para professores e grupos de alunos desenvolverem os seus trabalhos escolares;
*Incentivar Professores a adotarem o estilo de Testes, Provas, Aulas Teóricas e Aulas com Questionários Dirigidos chamados de Sacos - Tema;
*Incentivar a publicação de trabalhos de divulgação científica na forma de livros na Coleção CIDiCi ou em forma de Cordéis na Coleção Cordel Científico.
*Incentivar a prática do Xadrez como esporte intelectual;
*Incentivar a utilização por Professores e alunos do Programa Corel Draw como ferramenta para a confecção de trabalhos escolares;
*Utilizar os espaços gratuitos da mídia para divulgar escritos e atividades de caráter biológico.
sábado, 7 de abril de 2007
II.O QUE É O PIESC
O QUE É O PIESC
O objeto a que nos propomos desenvolver com a implantação do PIESC é o seguinte: obter na prática os mecanismos práticos, eficazes e eficientes, necessários para motivar e fazer agir o alunado de nível médio das Escolas Públicas e Particulares, não profissionalizantes, descobrindo o modus operandis que permita a sua integração na comunidade, através de projetos escolares que unam o conteúdo curricular programático da disciplina BIOLOGIA, à satisfação das necessidades da comunidade, referentes ao esclarecimento, orientação, prevenção e fiscalização de problemas da área da Saúde Pública, especialmente direcionados aos cuidados primários em educação para a saúde; engajando o alunado como promotor em campanhas originárias da própria Escola ou como auxiliares em campanhas oficiais patrocinadas pelas instituições competentes, descobrindo os limites, o próprio e o comum, geral e singular, do campo de atuação do PIESC , que é o singular específico; sem ônus financeiros adicionais; incentivando a transversalização dos conhecimentos curriculares das demais disciplinas, fundamentalmente em torno desse núcleo comum e, secundariamente, através de Projetos Escolares específicos de cada disciplina que contenham atividades de campo socialmente úteis; evitando assim a compartimentalização do saber, ao mesmo tempo que promove a contextualização do conhecimento; transformando os trabalhos escolares bimestrais de “mentirinha” em trabalhos reais, socialmente úteis e por isto gratificantes, valendo como avaliação, a ser acrescentada a outras modalidades avaliativas; contando e atuando com e na Escola- Professores- Alunos que temos e não com uma Escola-Professores-Alunos imaginários-ideais, pois qualquer ação comunitária que prescinda, para a sua realização, de gênios e/ou milagreiros, ou de instalações sofisticadas, impossível/dificilmente será executada; processo metodológico este que permite vivenciar , na prática educacional, os objetivos gerais da Educação Básica, qual seja, a formação básica do cidadão, através do exercício real da cidadania e do contato direto com atividades produtivas e, na prática social, associa-se a diretriz política administrativa do Sistema Único de Saúde - SUS e ao preceito constitucional no que diz respeito a responsabilidade e participação essencial da comunidade na solução dos problemas da área de Saúde Pública, “priorizando a prevenção sem prejuízo dos serviços assistenciais” e, promovendo assim, a nível de ensino Básico, a verdadeira integração Escola - Saúde - Comunidade.
I. DA SIGLA E DO SÍMBOLO
1. DA SIGLA
Este projeto escolar adotará a sigla PIESC, denominativo de PROJETO INTEGRAÇÃOESCOLA -SAÚDE-COMUNIDADE.
2. DO SÍMBOLO
O PIESC adotará como símbolo um círculo setado ( de cor vermelha ), com a siglaPIESC ( de cor branca ) centralizada, inscrito a um triângulo eqüilátero ( de cor azul),contendo na base o nome ESCOLA, no lado esquerdo o nome COMUNIDADE e no direito o nome SAÚDE, ambos de cor vermelha, significando:
a- na base do triângulo o nome ESCOLA, já que o PIESC parte e tem por base o ESCOLAR-PEDAGÓGICO servindo de elo ou ponte, função básica da escola, na integração específica SAÚDE - COMUNIDADE;
b- o círculo setado ( com a ponta da seta de cor branca ), com início e fim no nome COMUNIDADE, simbolizando que o binômio Educação - Saúde tem sua razão de existência centrada na comunidade;
c- as cores azul e vermelho por serem cores quentes contrastantes no fundo branco;
d- o triângulo, por sua conotação regional arquetípica sexual-instintiva e o círculo por sua parecença com a “bola”, paixão-emoção do povo brasileiro: juntos, no desenho, transmitindo a força instintiva e a emoção necessárias ao sucesso de todo movimento comunitário;
e- a palavra COMUNIDADE e não SAÚDE, no lado esquerdo do desenho, locada de acordo com as regras internacionais para ilustrações anatômicas, em virtude de esquerda possuir forte conotação reivindicatória que se justifica e legaliza-se ao objetivar ideais sócio - comunitários;
f- pela simplicidade das partes e do todo, devendo o desenho estar sempre apoiado pela base e não pelos vértices nem inclinado, simbolizando ser o PIESC um projeto escolar simples, equilibrado e viável.
O objeto a que nos propomos desenvolver com a implantação do PIESC é o seguinte: obter na prática os mecanismos práticos, eficazes e eficientes, necessários para motivar e fazer agir o alunado de nível médio das Escolas Públicas e Particulares, não profissionalizantes, descobrindo o modus operandis que permita a sua integração na comunidade, através de projetos escolares que unam o conteúdo curricular programático da disciplina BIOLOGIA, à satisfação das necessidades da comunidade, referentes ao esclarecimento, orientação, prevenção e fiscalização de problemas da área da Saúde Pública, especialmente direcionados aos cuidados primários em educação para a saúde; engajando o alunado como promotor em campanhas originárias da própria Escola ou como auxiliares em campanhas oficiais patrocinadas pelas instituições competentes, descobrindo os limites, o próprio e o comum, geral e singular, do campo de atuação do PIESC , que é o singular específico; sem ônus financeiros adicionais; incentivando a transversalização dos conhecimentos curriculares das demais disciplinas, fundamentalmente em torno desse núcleo comum e, secundariamente, através de Projetos Escolares específicos de cada disciplina que contenham atividades de campo socialmente úteis; evitando assim a compartimentalização do saber, ao mesmo tempo que promove a contextualização do conhecimento; transformando os trabalhos escolares bimestrais de “mentirinha” em trabalhos reais, socialmente úteis e por isto gratificantes, valendo como avaliação, a ser acrescentada a outras modalidades avaliativas; contando e atuando com e na Escola- Professores- Alunos que temos e não com uma Escola-Professores-Alunos imaginários-ideais, pois qualquer ação comunitária que prescinda, para a sua realização, de gênios e/ou milagreiros, ou de instalações sofisticadas, impossível/dificilmente será executada; processo metodológico este que permite vivenciar , na prática educacional, os objetivos gerais da Educação Básica, qual seja, a formação básica do cidadão, através do exercício real da cidadania e do contato direto com atividades produtivas e, na prática social, associa-se a diretriz política administrativa do Sistema Único de Saúde - SUS e ao preceito constitucional no que diz respeito a responsabilidade e participação essencial da comunidade na solução dos problemas da área de Saúde Pública, “priorizando a prevenção sem prejuízo dos serviços assistenciais” e, promovendo assim, a nível de ensino Básico, a verdadeira integração Escola - Saúde - Comunidade.
I. DA SIGLA E DO SÍMBOLO
1. DA SIGLA
Este projeto escolar adotará a sigla PIESC, denominativo de PROJETO INTEGRAÇÃOESCOLA -SAÚDE-COMUNIDADE.
2. DO SÍMBOLO
O PIESC adotará como símbolo um círculo setado ( de cor vermelha ), com a siglaPIESC ( de cor branca ) centralizada, inscrito a um triângulo eqüilátero ( de cor azul),contendo na base o nome ESCOLA, no lado esquerdo o nome COMUNIDADE e no direito o nome SAÚDE, ambos de cor vermelha, significando:
a- na base do triângulo o nome ESCOLA, já que o PIESC parte e tem por base o ESCOLAR-PEDAGÓGICO servindo de elo ou ponte, função básica da escola, na integração específica SAÚDE - COMUNIDADE;
b- o círculo setado ( com a ponta da seta de cor branca ), com início e fim no nome COMUNIDADE, simbolizando que o binômio Educação - Saúde tem sua razão de existência centrada na comunidade;
c- as cores azul e vermelho por serem cores quentes contrastantes no fundo branco;
d- o triângulo, por sua conotação regional arquetípica sexual-instintiva e o círculo por sua parecença com a “bola”, paixão-emoção do povo brasileiro: juntos, no desenho, transmitindo a força instintiva e a emoção necessárias ao sucesso de todo movimento comunitário;
e- a palavra COMUNIDADE e não SAÚDE, no lado esquerdo do desenho, locada de acordo com as regras internacionais para ilustrações anatômicas, em virtude de esquerda possuir forte conotação reivindicatória que se justifica e legaliza-se ao objetivar ideais sócio - comunitários;
f- pela simplicidade das partes e do todo, devendo o desenho estar sempre apoiado pela base e não pelos vértices nem inclinado, simbolizando ser o PIESC um projeto escolar simples, equilibrado e viável.
III. ATIVIDADES CIDiCi Bio
ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA PARA ENSINO MÉDIO
NÍVEL DE DIFICULDADE:
P = Pequena;
M = Média;
G = Grande;
GG = Muito Grande.
1º ANO : Embriologia ( EMB ) :
Método Científico ( MC ) :
Citologia ( CIT ) :
Histologia ( HIS ) :
Bioquímica ( BQ ) :
Bioenergética ( BE ) :
2º ANO : Taxionomia oi Sistemática ) TS ) :
Biodiversidade ( BD ) :
Sistemas Fisiológicos ( SF ) :
Sistemas Reprodutores ( SR ) :
3º ANO : Genética ( GEN ) :
Origem da Vida ( )V ) :
Evolução ( EVO ) :
Ecologia ( ECO ) :
NÍVEL DE DIFICULDADE:
P = Pequena;
M = Média;
G = Grande;
GG = Muito Grande.
1º ANO : Embriologia ( EMB ) :
Método Científico ( MC ) :
Citologia ( CIT ) :
Histologia ( HIS ) :
Bioquímica ( BQ ) :
Bioenergética ( BE ) :
2º ANO : Taxionomia oi Sistemática ) TS ) :
Biodiversidade ( BD ) :
Sistemas Fisiológicos ( SF ) :
Sistemas Reprodutores ( SR ) :
3º ANO : Genética ( GEN ) :
Origem da Vida ( )V ) :
Evolução ( EVO ) :
Ecologia ( ECO ) :
IV. TRABALHOS DE CAMPO COMUNITÁRIO - TCC
Aqui ficarão trabalhos realizados por grupos de alunos no quarteirão / bairro onde moram.
V. FEIRAS e/ou EXPOSIÇÕES
Aqui ficará o resumo de Feiras e/ou Exposições realizadas sobre a orientação CIDiCi - PIESC.
VI. AMIGOS DO CIDiCi Bio - PIESC
Aqui ficará a Relação de Profissionais, especialistas em determinadas áreas do saber e que se comprometeram a prestar esclarecimentos sobre assuntos de sua especialidade.
ANA MARIA SAMPAIO ASSREUY
Profa. Adjunta de Farmacologia da Universidade Estadual do Ceará ( Faculdade de Medicina );
Mestre e Doutor em Farmacologia pela UFC;
Pós - Doctor em Biologia Molecular ( Engenharia Genética ) pela Universidade da Virgínia-EUA;
Pesquisador CNPQ.
Contato: assreuy@uece.br
KATHIA MARIA BARBOSA e SILVA
Doutora em Agronomia / Fitotecnia;
Profa. de Genética da UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte;
Grupo de Pesquisa do CNPQ ao qual pertence: Monitoramento e Desenvolvimento
Ambiental do Semi - Árido;
Contato: kmbsbarbosa@yahoo.com.br
FRANCISCA MARTA ...
Profa. de Bioquímica da UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte;
Doutora em ...;
( Estamos aguardando o detalhamento de sua formação acadêmica );
Contato: martauern@yahoo.com.br
ILDONE FORTE DE MORAIS
Prof. de Saúde Coletiva da UERN - Faculdade do Estado do Rio Grande do Norte e da
FACENE - Faculdade de Enfermagem Nova Esperança-Mossoró-RN.
Mestrando em Enfermagem pela UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
( Este é um jovem que está iniciando a sua vida acadêmica e possui um imenso
potencial para o futuro. É só aguardar para confirmar. );
Contato: ildoneforte@yahoo.com.br
ANA MARIA SAMPAIO ASSREUY
Profa. Adjunta de Farmacologia da Universidade Estadual do Ceará ( Faculdade de Medicina );
Mestre e Doutor em Farmacologia pela UFC;
Pós - Doctor em Biologia Molecular ( Engenharia Genética ) pela Universidade da Virgínia-EUA;
Pesquisador CNPQ.
Contato: assreuy@uece.br
KATHIA MARIA BARBOSA e SILVA
Doutora em Agronomia / Fitotecnia;
Profa. de Genética da UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte;
Grupo de Pesquisa do CNPQ ao qual pertence: Monitoramento e Desenvolvimento
Ambiental do Semi - Árido;
Contato: kmbsbarbosa@yahoo.com.br
FRANCISCA MARTA ...
Profa. de Bioquímica da UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte;
Doutora em ...;
( Estamos aguardando o detalhamento de sua formação acadêmica );
Contato: martauern@yahoo.com.br
ILDONE FORTE DE MORAIS
Prof. de Saúde Coletiva da UERN - Faculdade do Estado do Rio Grande do Norte e da
FACENE - Faculdade de Enfermagem Nova Esperança-Mossoró-RN.
Mestrando em Enfermagem pela UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
( Este é um jovem que está iniciando a sua vida acadêmica e possui um imenso
potencial para o futuro. É só aguardar para confirmar. );
Contato: ildoneforte@yahoo.com.br
VII. ARTIGOS PUBLICADOS
Aqui ficará o texto de alguns artigos com orientação CIDiCi Bio - PIESC publicados em Jornais e Revistas
-Artigo publicado no Jornal Gazeta do Oeste de 13 de setembro de 2006, quarta-feira-
A Biologia e o SUS dos Ricos e o SUS dos Pobres.
Professor Rapôso
( Publicado no Jornal Gazeta do Oeste, Quarta-feira, 13 de setembro de 2006 )
A primeira vista, parece difícil encontrar conteúdos curriculares programáticos da disciplina Biologia, a nível de Ensino Médio, que possam ser transversalizados e/ou contextualizados com o tema SUS - Sistema Único de Saúde. Esta dificuldade é aparente: quase todo conteúdo curricular de Biologia, como podemos constatar pela relação de temas abaixo, pode e deve, em nossas aulas diárias, estar associado com a problemática do SUS. O que não é aconselhável é o Professor parar a sua aula, abandonar os conteúdos curriculares de Biologia, para “falar” ou fazer uma conferência sobre a estrutura do SUS, pois somos professores de Biologia e não especialistas em SUS. É óbvio, também, que o Professor deve limitar a sua contextualização sobre assuntos que ele domine, bem como procurar obter esclarecimentos sobre o funcionamento do SUS. Por esta razão, estamos enumerando ( não em ordem de importância ), para aqueles que não estejam familiarizados com a estrutura do SUS, alguns dos graves e sérios problemas que, resolvidos, transformarão inexoravelmente o SUS no melhor e mais completo Plano de Saúde que existe no Brasil, se é que já não o é mesmo com todos os seus problemas.
O primeiro grande problema do SUS é de ordem geral: todos nós sabemos que o SUS é uma instituição socialista encravada num regime capitalista. Marx, no Manifesto Comunista, já denuncia o caráter cruel da burguesia ao afirmar: “ A burguesia despojou de sua auréola todas as atividades até então reputadas veneráveis e encaradas com piedoso respeito. Do médico, do jurista, do sacerdote, do poeta, do sábio fez seus servidores assalariado.” A solução deste problema está associada a modificação radical da sociedade, sendo um problema que teremos que aprender a conviver com ele por muitos e muitos anos ainda.
O segundo grande problema do SUS é de ordem institucional, decorrente de sua implantação: o SUS municipalizou a Saúde mas deixou com pouca clareza de quem seria a responsabilidade de algumas tarefas: se municipal, estadual ou federal. Acreditamos que este problema será resolvido a medida que o tempo for passando e provocando os ajustes corretos de acordo com a experiência obtida no processo de implantação.
O terceiro problema do SUS é o seu gigantismo: é gente demais para ser atendida; são profissionais demais para serem comandados; é um patrimônio enorme para ser administrado. Alguns Planos de Saúde que cresceram muito já estão sentindo a gravidade deste problema. Porém, este é um problema técnico/ burocrático que vontade política dos governantes e gestores da saúde podem resolver a contento.
Como quarto problema citamos a falta de compromisso dos funcionários do SUS, de todos os níveis, com a sua clientela. O povo é mal atendido, filas e esperas descabidas, demora nos serviços. Este é o problema que mais desagrada e humilha a população. A sua solução, porém, é educacional. Campanhas, tanto interna, dentro dos hospitais e postos de atendimento, quanto na mídia televisionada, objetivando melhorar a qualidade do atendimento, contribuiria positivamente para a solução deste problema. A Escola pode contribuir como parceira, levando orientações, via aluno, para a população.
Como quinto problema citamos os desvios, para não dizer a roubalheira generalizada. Este é um problema policial mas também é um problema político: deve-se exigir dos gestores da saúde transparência nas suas atividades. Evitar a roubalheira, em qualquer país do mundo, é tarefa muito difícil: diminuir a impunidade já seria um grande passo.
O sexto problema pode ser a falta de esclarecimento da população. A maioria das pessoas jamais ouviu falar em Plano Nacional de Saúde nem em Conselho Municipal de Saúde e não tem a mínima idéia de como funciona o SUS. Aqui, nós Professores, jogamos um papel importante: podemos, sem fugir dos nossos conteúdos, levar esses esclarecimentos para a população, e, através dos nossos alunos, que são também população, atingir a comunidade.
Por fim, o problema que motivou o título de nosso artigo: a existência hoje de dois SUS, o dos ricos e o dos pobres. O que significa isso ? É o seguinte. O SUS tem diversos níveis de atendimento que do mais simples ao mais complexo seria assim: 1º- a ATENÇÃO BÁSICA; 2º- a ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA; 3º - a ATENÇÃO HOSPITALAR; 4º - a URGÊNCIA e a EMERGÊNCIA e 5º - o TRANSPLANTE DE ÓRGÃO E TECIDOS. Como se vê na seqüência, o nível de complexidade das linhas de atenção a saúde do SUS vão aumentando. E, com o aumento do nível de complexidade aumentam também os custos. Pois bem, a população pobre tem acesso com mais facilidade ao primeiro nível, que é o nível básico e que pretende, de acordo com o Plano Nacional de Saúde atender a 80% da demanda. Neste nível encontra-se o PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA atuando na HANSENÍASE, TUBERCULOSE, PRÉ-NATAL, HIPERTENSÃO, DIABETE, CONSULTA CLÍNICA e outros. Do nível 2 em diante, torna-se mais difícil o acesso da população mais humilde, complicando-se imensamente a partir do nível 3º. E, com relação aos níveis mais complexos, a população nem sequer sabe que tem direito a esse atendimento. Daí dizer-se que existe o SUS DOS POBRES que é o atendimento referente ao nível 1º e 2º e o SUS DOS RICOS, com o atendimento de nível 3º, 4º e 5º. Isto porque, como o atendimento nos níveis mais altos é mais caro, e, na maioria das vezes, até mais especializado do que os serviços particulares, esse atendimento pelo SUS é limitado: aí o rico que tem mais influência e relações pessoais do que o pobre, tem mais acesso e consegue furar as filas através do seu prestígio pessoal.
SUGESTÕES PARA QUESTIONAMENTOS
1º ANO: Citologia - Divisão Celular: associar com câncer ; Embriologia: associar com cuidados a gestante; Histologia - Tecido Glandular: associar com Programa do Leite Materno; Bioquímica Celular - Açucar : associar com Diabetes;
2º ANO: Vírus: associar com consultas no SUS e VIROSE como diagnóstico: Reino Monera- Bactérias: associar com infecção Hospitalar e uso indevido de antibiótico; Reino Protista: associar com protozooses e saneamento básico ; Sistemas Fisiológicos - Sistema Locomotor: associar com deficientes físicos e fisioterapia; Sistema Digestivo: associar com Endoscopia e exames clínicos; Sistema Respiratório: associar com tuberculose, asma e campanha vacinação dos velhos; Sistema Circulatório: associar com cirurgias do coração; Sistema nervoso: questionar o atual modelo assistencial psiquiátrico; Sistema Excretor: questionar transplante de Rins e Hemodiálise; Sistema Endócrino: questionar cirurgia de Tireóide;
3º Ano: Ecologia - Poluição: associar com assistência as infecções respiratórias ; Genética: associar com transfusões e doação de sangue - Hemocentro.
-Artigo publicado no Jornal Gazeta do Oeste de 13 de setembro de 2006, quarta-feira-
A Biologia e o SUS dos Ricos e o SUS dos Pobres.
Professor Rapôso
( Publicado no Jornal Gazeta do Oeste, Quarta-feira, 13 de setembro de 2006 )
A primeira vista, parece difícil encontrar conteúdos curriculares programáticos da disciplina Biologia, a nível de Ensino Médio, que possam ser transversalizados e/ou contextualizados com o tema SUS - Sistema Único de Saúde. Esta dificuldade é aparente: quase todo conteúdo curricular de Biologia, como podemos constatar pela relação de temas abaixo, pode e deve, em nossas aulas diárias, estar associado com a problemática do SUS. O que não é aconselhável é o Professor parar a sua aula, abandonar os conteúdos curriculares de Biologia, para “falar” ou fazer uma conferência sobre a estrutura do SUS, pois somos professores de Biologia e não especialistas em SUS. É óbvio, também, que o Professor deve limitar a sua contextualização sobre assuntos que ele domine, bem como procurar obter esclarecimentos sobre o funcionamento do SUS. Por esta razão, estamos enumerando ( não em ordem de importância ), para aqueles que não estejam familiarizados com a estrutura do SUS, alguns dos graves e sérios problemas que, resolvidos, transformarão inexoravelmente o SUS no melhor e mais completo Plano de Saúde que existe no Brasil, se é que já não o é mesmo com todos os seus problemas.
O primeiro grande problema do SUS é de ordem geral: todos nós sabemos que o SUS é uma instituição socialista encravada num regime capitalista. Marx, no Manifesto Comunista, já denuncia o caráter cruel da burguesia ao afirmar: “ A burguesia despojou de sua auréola todas as atividades até então reputadas veneráveis e encaradas com piedoso respeito. Do médico, do jurista, do sacerdote, do poeta, do sábio fez seus servidores assalariado.” A solução deste problema está associada a modificação radical da sociedade, sendo um problema que teremos que aprender a conviver com ele por muitos e muitos anos ainda.
O segundo grande problema do SUS é de ordem institucional, decorrente de sua implantação: o SUS municipalizou a Saúde mas deixou com pouca clareza de quem seria a responsabilidade de algumas tarefas: se municipal, estadual ou federal. Acreditamos que este problema será resolvido a medida que o tempo for passando e provocando os ajustes corretos de acordo com a experiência obtida no processo de implantação.
O terceiro problema do SUS é o seu gigantismo: é gente demais para ser atendida; são profissionais demais para serem comandados; é um patrimônio enorme para ser administrado. Alguns Planos de Saúde que cresceram muito já estão sentindo a gravidade deste problema. Porém, este é um problema técnico/ burocrático que vontade política dos governantes e gestores da saúde podem resolver a contento.
Como quarto problema citamos a falta de compromisso dos funcionários do SUS, de todos os níveis, com a sua clientela. O povo é mal atendido, filas e esperas descabidas, demora nos serviços. Este é o problema que mais desagrada e humilha a população. A sua solução, porém, é educacional. Campanhas, tanto interna, dentro dos hospitais e postos de atendimento, quanto na mídia televisionada, objetivando melhorar a qualidade do atendimento, contribuiria positivamente para a solução deste problema. A Escola pode contribuir como parceira, levando orientações, via aluno, para a população.
Como quinto problema citamos os desvios, para não dizer a roubalheira generalizada. Este é um problema policial mas também é um problema político: deve-se exigir dos gestores da saúde transparência nas suas atividades. Evitar a roubalheira, em qualquer país do mundo, é tarefa muito difícil: diminuir a impunidade já seria um grande passo.
O sexto problema pode ser a falta de esclarecimento da população. A maioria das pessoas jamais ouviu falar em Plano Nacional de Saúde nem em Conselho Municipal de Saúde e não tem a mínima idéia de como funciona o SUS. Aqui, nós Professores, jogamos um papel importante: podemos, sem fugir dos nossos conteúdos, levar esses esclarecimentos para a população, e, através dos nossos alunos, que são também população, atingir a comunidade.
Por fim, o problema que motivou o título de nosso artigo: a existência hoje de dois SUS, o dos ricos e o dos pobres. O que significa isso ? É o seguinte. O SUS tem diversos níveis de atendimento que do mais simples ao mais complexo seria assim: 1º- a ATENÇÃO BÁSICA; 2º- a ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA; 3º - a ATENÇÃO HOSPITALAR; 4º - a URGÊNCIA e a EMERGÊNCIA e 5º - o TRANSPLANTE DE ÓRGÃO E TECIDOS. Como se vê na seqüência, o nível de complexidade das linhas de atenção a saúde do SUS vão aumentando. E, com o aumento do nível de complexidade aumentam também os custos. Pois bem, a população pobre tem acesso com mais facilidade ao primeiro nível, que é o nível básico e que pretende, de acordo com o Plano Nacional de Saúde atender a 80% da demanda. Neste nível encontra-se o PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA atuando na HANSENÍASE, TUBERCULOSE, PRÉ-NATAL, HIPERTENSÃO, DIABETE, CONSULTA CLÍNICA e outros. Do nível 2 em diante, torna-se mais difícil o acesso da população mais humilde, complicando-se imensamente a partir do nível 3º. E, com relação aos níveis mais complexos, a população nem sequer sabe que tem direito a esse atendimento. Daí dizer-se que existe o SUS DOS POBRES que é o atendimento referente ao nível 1º e 2º e o SUS DOS RICOS, com o atendimento de nível 3º, 4º e 5º. Isto porque, como o atendimento nos níveis mais altos é mais caro, e, na maioria das vezes, até mais especializado do que os serviços particulares, esse atendimento pelo SUS é limitado: aí o rico que tem mais influência e relações pessoais do que o pobre, tem mais acesso e consegue furar as filas através do seu prestígio pessoal.
SUGESTÕES PARA QUESTIONAMENTOS
1º ANO: Citologia - Divisão Celular: associar com câncer ; Embriologia: associar com cuidados a gestante; Histologia - Tecido Glandular: associar com Programa do Leite Materno; Bioquímica Celular - Açucar : associar com Diabetes;
2º ANO: Vírus: associar com consultas no SUS e VIROSE como diagnóstico: Reino Monera- Bactérias: associar com infecção Hospitalar e uso indevido de antibiótico; Reino Protista: associar com protozooses e saneamento básico ; Sistemas Fisiológicos - Sistema Locomotor: associar com deficientes físicos e fisioterapia; Sistema Digestivo: associar com Endoscopia e exames clínicos; Sistema Respiratório: associar com tuberculose, asma e campanha vacinação dos velhos; Sistema Circulatório: associar com cirurgias do coração; Sistema nervoso: questionar o atual modelo assistencial psiquiátrico; Sistema Excretor: questionar transplante de Rins e Hemodiálise; Sistema Endócrino: questionar cirurgia de Tireóide;
3º Ano: Ecologia - Poluição: associar com assistência as infecções respiratórias ; Genética: associar com transfusões e doação de sangue - Hemocentro.
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